14-02-2010
58˚ 00 54`S / 62˚ 56 31`E
Mais um dia de ação incluindo o helicóptero e os dois infláveis. O Shonan Maru II ficou com a distância de uma milha náutica de nós e o Nisshin Maru manteve 0.7 milhas naúticas de nós.
Dessa vez foi o Bob Barker que se aproximou. Não houve colisão, não chegou nem perto dessa possibilidade, só que foi o suficiente perto para que o Peter Bethune fizesse um novo plano para a ação de amanhã.
Peter quer entrar escondido no navio japonês e fazer com que o capitão o leve de volta a Nova Zelândia. Ele disse que uma vez que ele perdeu o Ady Gil, quando foi afundado pelo Shonan Maru II durante o confronto ocorrido um mês atrás, sentiu que precisava fazer algo mais extremo e fazer essa campanha ter um desfeixe ainda maior.
Além de termos conseguido um tempo recorde de 10 dias até agora, sem que nenhuma baleia tenha sido caçada, ainda fazer com que os navios parem sua atividade para levá-lo de volta a sua casa(a Nova Zelândia).
O que se espera na verdade é que o Nisshin Maru siga de volta a sua destinação inicial, o Japão, e Peter está feliz com essa decisão ainda mais do que voltar para Nova Zelândia. Dessa forma, o governo japonês vai ter que dar uma explicação coerente do porque que quando eles colidiram e afundaram o Ady Gil, eles não socorreram os tripulantes, uma vez que a lei marítima diz que é dever de toda embarcação ajudar a socorrer outros navios em casos emergenciais como esse.
A ação vai ser feita às 6hs da manhã para não dar muita visibilidade. O engenheiro Lary vai dirigir o jet ski, deixando Peter na parte de trás do Nisshin Maru, para que ele entre no navio da melhor maneira possível.
Fizemos uma enorme transferência de comida, óleo e combustível para o Bob Barker usando os botes. Aproveitei para dar de presente a eles uma foto impressa da ação de ontem para a comemoração do “dia dos namorados” (apenas uma razão para fazer festa e celebrar o sucesso dessa campanha...) e Laura preparou um delicioso browne de chocolate em formato de coração.
Meu número de refeições a bordo diante de toda essa movimentação está sendo reduzida e acabo beliscando algo rápido enquanto edito meu material. Não quero perder nenhum segundo, nenhuma ação! Cada dia que passo a bordo do Steve Irwin é um grande privilégio ao saber que estou colaborando com a proteção de vidas nos oceanos. Está sendo uma experiência intensa, afinal são poucas horas de sono e muito trabalho, mas tudo muito valioso!
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