segunda-feira, 26 de abril de 2010

-Pitcairn-

30-03-2010

25˚ 03 25`S / 130˚ 07 40`W
Finalmente chegamos na Ilha de Pitcairn. Mais conhecida como a casa dos descendentes do “Bounty” e os nativos de Tahiti que os acompanharam. Mais de 2000 livros foram escritos sobre a interessante e polêmica história da Ilha. Arqueólogos acreditam que os polinésios estavam vivendo em Pitcairn desde o século 15.

Ancoramos das 16h35 às 19h20. As condições estavam perfeitas e finalmente encontramos um lugar seguro para ancorar em nossa rápida parada. Brisa leve, sol raiando e coqueiros por toda parte. Fizemos contato com o rádio e depois de alguns minutos um barco chamado “Moss” se aproximou do Steve Irwin. Imediatamente fomos recebidos pelos locais com fartura. Fomos sobrecarregados de frutas (mamões, jacas e bananas) e vegetais plantados na ilha. Tamanha generosidade! Nicola, nossa atual cozinheira, ofereceu em troca enlatados e produtos que poderiam ser úteis para os locais.

Vieram a bordo alguns nativos curiosos e o policial para fazer entrada dos tripulantes na Ilha. Mal pude acreditar que finalmente tivemos o privilégio de visitar a histórica Pitcairn. A vista é maravilhosa. Existe uma variedade de cores impressionantes. A profundidade da água é de 25 metros e ainda assim eu consigo ver os recifes no fundo do mar. Tamanha claridade desse oceano.


Dois homens locais ao me verem fotografando, se aproximaram e falaram que antigamente eles precisavam esperar seis meses para que eles recebessem reveladas as fotos que eles tinham tirado com suas cameras. Esse era o intervalo em que um barco vindo da Nova Zelândia passava pela ilha trazendo suprimentos. Imagine, só? Depois de seis meses você de repente nem lembra mais o que fotografou... ou então morreria de ansiedade que levaria ao desânimo.
Os mesmo sujeitos que me abordaram, depois riam felizes ao mencionar a nova tecnologia de fotografia digital. Complementaram: “ Agora é tão fácil...clicou, saiu na telinha”.
Conheci pessoas que nunca deixaram a ilha desde que nasceram, outras que foram para a Nova Zelândia para explorar algo novo (a maioria para estudar) e decidiram voltar. Muito interessante em pensar na vida limitada e simples que essas pessoas levam. Às vezes acho que para pessoas que vem da cidade, assim como eu, temos mais do que precisamos realmente. A vida também pode ser muito especial com pouco.
Deixamos Pitcairn quando o sol de pôs, renovados e prontos para seguir navegando pelo mágico oceano com nossa missão de levar o Steve Irwin em segurança pelos países que precisamos parar e seguir com a próxima campanha(do peixe ameaçado de extinção, o atum de barbatana azul).

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