sábado, 24 de dezembro de 2011

BELO MONTE ? NÃO !

Dezembro 2011

Passeata contra Belo Monte nas ruas paulistas....

Eu não poderia deixar de compartilhar minha última passagem por São Paulo, onde estive presente na ONG BRASIL e também fui documentar a interessante passeada contra a BELO MONTE - Usina que deve fornecer energia para 60 milhões de pessoas, mas que com sua obra vai trazer a remoção de 5988 famílias(ou seja, 20 mil pessoas terão de deixar suas casas!), além disso 100km do Rio Xingu terão a vazão reduzida, ou seja: simplesmente 952 índios serão afetados!!!
Para a construção do canal, serão removidos 100 milhões de metros cúbicos de floresta, que encheriam 40 mil piscinas públicas.
Não podemos aceitar que a terceira maior Usina do planeta seja efetivamente infiltrada no meio da Floresta Amazônica e cause todos esses danos ambientais e sociais.




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Barbara Veiga.

Boas Festas... mas a luta segue!


Dezembro, 2011

Desejo a todos vocês um excelente fim de ano, lembrando da importância de continuar lutando por aquilo que acreditamos - Sempre!
Boas Festas e um 2012 cheio muitas lutas e realizações !

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Barbara Veiga.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Rocinha: A maior favela da América Latina, agora pacificada.

Chegando no Brasil uma das minhas maiores surpresas foi a notícia de que a comunidade da Rocinha, a maior favela não apenas do país, como de toda América Latina tido sido pacificada.
Fiquei interessada em ver de perto a presença da UPP(Unidade de Polícia Pacificadora) e fotografar a vida cotidiana nesta parte da cidade.

Ao lembrar da morte do cinegrafista Gelson Domingo durante a operação do BOPE (que foi apenas há um mês atrás), inevitavelmente refleti profundamente na profissão na qual nos engajamos e nos riscos que nos colocamos para informar ao público em tempo real as guerras do mundo.
Faço um luto à morte do colega e meu ode à paz mundial ! 

Na rota de duas horas e meia que fiz pela região, eu não vi nenhum bandido armado ou algum sinal de grande risco. O policiamento está presente na beira da favela, dentre outros serviços sociais incentivando os moradores a tirar documentos como por exemplo, a carteira de trabalho.

A melhor maneira é combater a violência, é também combater aos estigmas que criamos pelo medo dessas comunidades. 

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Barbara Veiga.

  Rocinha e o Processo da Pacificação da Comunidade através da UPP 



E a vida na comunidade ...


domingo, 4 de dezembro de 2011

De volta as origens !

Brasil: Do Rio de Janeiro ao Acre -
Amazonia: "Os tres tempos" 

Retornando ao Brasil, pais de minha origem eu passei 3 semanas no Acre(na fronteira com o Peru) fotografando o quotidiano de 3 tribos indigenas.
O trabalho foi interessante e desafiador, afinal o universo indigena ainda era desconhecido para mim.

Apesar de ter ido na Amazonia em 2006 e ter realizado um trabalho com o Greenpeace contra as empresas que causam o massivo deflorestamento, eu tive nesse retorno uma experiencia completamente diferente.
Conheci as tribos; Kuntanawa, Huni Kuin e Ashaninkas, sendo recebida por suas liderancas com muito respeito e gentileza.

Tambem aprendi com o tempo que passei nessas terras, um pouco da cultura indigena que tanto agrega sabedoria e compartilha valores que poucos tem o privilegio de conhecer tao de pertinho. Por esta razao e o fato dessa parte do mundo precisar realmente de atencao, aqui estou para mostrar um pouco da Amazonia atraves do meu olhar.

Da Antartida a Amazonia....
de -40 a +40 C! Por ai vou!

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Barbara Veiga.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Exposição na Itália !

Exposição no mês de outubro é na Itália!
* Viareggio & La Spezia *

Exposição em Viareggio, Itália - Durante o "Maremoto Festival".

A exposição está ocorrendo neste momento em La Spezia, no Porto Lotti. O navio "Brigitte Bardot" continuará aberto para visitas essa semana, antes de seguir caminho até a Austrália, onde começa a próxima campanha baleeira na Antártida.

As fotos expostas mostram as mais recentes campanhas(baleeiras e também em proteção ao atum), realizadas pela ONG Sea Shepherd, do Pólo Sul às Ilhas Feroes.
Eu fotografei nos últimos dois anos as campanhas: "Waltzing Matilda"(Antártida), "No Compromise"(Antártida), "Blue Rage"(Mar Mediterrâneo) e "Ferocious Isles"(Ilhas Feroes) e a próxima será a "Divine Wind"(Antártida).

Exposição em La Spezia, Itália - navio "Brigitte Bardot" ao fundo.

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Bárbara Veiga.

"Indignées a Paris" - Samedi, 15 Octobre 2011. Hotêl De Ville.


.... E foi assim que eu vi Paris no dia da mobilização mundial dos indignados...

sábado, 8 de outubro de 2011

Inspiração nas Mulheres do Mar III

A Inspiração das mulheres do mar III : Laura Dakin

Eu já tinha feito um post aqui no blog com uma entrevista que eu fiz com a Laura no ano passado, mas não tinha mencionado o quanto ela também me inspira em seu ativismo e dedicação. Acho seu trabalho incrível não apenas pelas atividades a bordo dos navios da Sea Shepherd(dando suporte à causas tão nobres), mas também na culinária consciente que ela faz.

Ela tem vinte e oito anos, nascida em Bermudas mas criada entre a Inglaterra e Austrália. Embarcou no "Farley Mowat" em 2004 com a posição a bordo de engenheira assistente e finalmente acabou terminando na cozinha depois de saber que havia uma vaga liberada. Os navios da Sea Shepherd são todos veganos, o que quer dizer que não há nenhum produto animal.

Laura é trabalhadora e garante todos os dias três refeições para uma média de 40 tripulantes. Um trabalho de criatividade e sensibilidade para respeitar cada cultura(no ano passado foram mais de 24 nacionalidades diferentes embarcados na última campanha na Antártida que estive fotografando, a "Operation No Compromise"). Um trabalho que demanda muito carinho na preparação de cada prato, mas também saber o que colocar na mesa. Produtos que respeitem a natureza e garantam a qualidade nutricional. Um verdadeiro desafio! 

Ela também trabalhou voluntariamente na Tailândia na proteção e denúncia de maus tratos aos elefantes, adora viajar para Índia, e ela jamais cozinha sem ter uma boa seleção musical que pode ir do rock'n'roll metal a Edith Piaf!

O mundo agradece pela sua bela existência, seu engajamento e coração de ouro, justo e veradeiro!

É Natal a bordo do "Steve Irwin" e Laura feliz agradece seu presente de amigo-culto(Secret Santa).
Degustando guloseimas no seu tempo livre entre as amigas.

Durante os momentos de folga, ela passa pela ponte de comando para se familiarizar com as atividades, destinações e planos contra os baleeiros no Oceano Austral.
Na intimidade da sua cabine, escrevendo receitas novas para seu livro.
No aniversário de cada tripulante tem um bolo diferente  que sai do forno preparado com muito amor!
Cozinhando para a janta: Salsichas veganas para colocar na sopa de letilhas! Hummm...
Depois do café da manhã pronto, ela se dá conta que cortou o dedo em um movimento inesperado do navio. Desafios que existem na cozinha quando a meteorologia não colabora....



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Por Bárbara Veiga.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Histórias do mar

Paris, 
setembro 2011

- As memórias do Golfo do Aden -

Ontem eu tive um jantar com meu amigo francês Antoine Montagne, e falamos sobre nossas perigosas aventuras nas nossas viagens pela África. Cada um com seu país e experiência. Então eu lembrei imediatamente de um episódio quando passava pelo Golfo do Aden.
Eu estava fazendo apinéia quando de repente percebi que havia um grupo de homens em um barco de cor vermelha e um motor de 250cv que se aproximava do Papaya, veleio que morei e viajei por alguns países saindo da Ásia até a Europa.

O barco vermelho se aproximou do Papaya, colocou a âncora e com o motor já parado, um dos tripulantes estava prestes a embarcar no veleiro. Fiquei aterrorizada, e rapidamente peguei o dingue para retornar ao Papaya e defender território. A distância não era grande, então cheguei à tempo antes que o tipo estranho embarcasse na minha "casa".

A primeira iniciativa foi pegar o rádio e informar os outros velejadores que estavam há algumas milhas de distância para nos socorrer. Em seguida, o desafio foi saber como interagir com os "estranhos". Procurei pensar que eram apenas pescadores, pessoas que simplesmente buscavam o que comer e beber.
Não sabia a origem deles. Ninguém falava inglês, francês ou um idioma que eu pudesse rapidamente identificar. Eles poderiam vir do Iêmen ou Somália, pensei! 

A tensão aumentava quando tentavamos nos comunicar com eles. Era uma comunicação agressiva, de quem manda e não sabe pedir. Ao mesmo tempo não havia resposta no rádio dos velejadores franceses que eu havia contactado e sabia que estavam pelas redondezas. A solução foi  para mim foi oferecer leite, água e alguns biscoitos. Nada de álcool, afinal era raro termos álcool a bordo do Papaya.

Passados cerca de 20 minutos, finalmente houve uma resposta no rádio. Era um dos navegadores que conhecíamos que estava há 15 milhas de distância. Ufa! 
Um dos "pescadores" ou chamados por muitos como "piratas", mostrou que havia um problema, uma espécie de infecção e precisava de ajuda medical. O problema era o local da sua infecção. Ele tocava a água com suas mãos, pousava em frente ao seu orgão genital e pelo que entendi, saía pûs ou algo do gênero. Ele parecia muito doente, um aspecto quase que inconsciente. Ele era magérrimo. Os outros pouco falaram, mas seus olhares eram de desespero.

Imediatamente fui buscar medicamento que havia no barco, um antibiótico normal. Expliquei com gestos que para consumir um comprimido pela manhã(ao nascer do sol) e outro a noite(na hora de dormir). Era o melhor que poderia fazer.

O leite que ofereci era de caixinha. Havia muitas caixas, então achei que poderia ser uma boa solução. compartilhar. Ainda lembro da forma em que este mesmo homem da infecçnao me olhou, depois olhou para a caixa de leite. Parecia que ele nunca tinha visto antes. Aparentemente o único acesso ao leite que eles tem é em pó, porque dura mais tempo.

Os velejadores franceses, amigos que também faziam o mesmo trajeto chegaram. Era a hora do pôr do sol. Tive a sorte de que os "piratas" decidiram partir e se contentaram com comida, leite e água. Foi tenso, mas nos saímos bem. Uma história que jamais vou me esquecer. Estava ancorada no meio de uma pequena ilha, longe da costa e de qualquer acesso à civilização.

Em momentos como esse que me vejo como sou frágil. Mesmo no meio da natureza, no meio do mar, estamos sujeitos ao crime, a violação e à imposição. O mundo precisa de ajuda! A Natureza sim, mas os homens também.

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Bárbara Veiga.




segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Inspiração nas Mulheres do Mar II

Setembro de 2011,
Desde Paris...

A inspiração do dia no tema "mulheres do mar" vai hoje para Beth Thoren.
Uma inglesa de quarenta e poucos anos e cheia de multi talentos na sua vida plena de aventuras.
Eu sempre fico encucada em falar a idade das mulheres do mar, porque sei o quanto essa "revelação" pode ser polêmica para certas pessoas. Porém ao mesmo tempo, como eu vejo enormes contrastes entre uma e outra que me inspira, acho importante dar um pouco de detalhes da sua história e experiência de vida.
E (in)felizmente às vezes(nem sempre), a idade pode mostrar certas marcas que a vida deixa com o tempo. É claro que depende da flexibilidade e abertura que cada um dá para novas oportunidades, novos passos, novas escolhas.
Beth normalmente trabalha com publicidade de empresas de grande porte, gerenciando renomados projetos, mas quando ela está a bordo do navio da Sea Shepherd ela trabalha como engenheira.
Assim que nos conhecemos a afinidade foi imediata. Ela é uma pessoa sensível, verdadeira, trabalhadora e cheia de garra. Sua determinação para fazer algo de eficaz pela natureza é inspiradora. Nunca vou esquecer essa bela amizade que se construiu no Oceano Austral. Ainda não sabemos quando vamos nos reencontrar, mas sabemos que essa amizade e admiração perdurará.

Na sala de máquinas, Beth está à trabalho junto ao engenheiro-chefe Stephen. A cada 15 minutos ela verifica todas as máquinas para ver se há um vazamento de óleo, super aquecimento ou qualquer dificuldade. Ela faz duas guardas de 4hs cada por dia, sem ter dias de folga. Não existe "day-off" nos navios da Sea Shepherd.

Durante o treinamento com a tripulação, Beth mostra as saídas de emergência no caso de haver fogo na sala de máquinas. Após o treinamento no "lounge", Beth divide a tripulação em grupos para fazer uma visita no lado mais barulhento e sujo do navio. :)


Beth observa desde o convés com outras tripulantes, as baleias que dançam entre os icebergues. 
Sensação plena de paz e recompensa por  saber que está fazendo a coisa certa.


No fim da sua guarda, Beth visita a ponte de comando para saber os desafios da rota e as estratégias para a próxima ação contra os baleeiros. É evidente sua felicidade ao saber que mais um navio da frota baleeira foi encontrado por um dos navios da SSCS "Bob Barker". O navio baleeiro encontrado neste dia foi o "Nisshin Maru".


Às 7h durante seu café da manhã e seu pequeno momento de leitura.

Aproveitando os raros momentos de sol e calmaria, ela aproveita suas horas livres na proa do navio....

... Mas ela adora também fazer caminhadas no convés do navio. Isso mesmo, caminhadas! Mesmo havendo a limitação de 60 metros ao redor dela, isso não impede que ela faça suas caminhadas em círculos rotativos. Mesmo nos dias com meteorologias menos favoráveis, lá estava ela! Para sair da rotina, eu confesso que a acompanhei algumas vezes nessa interessante e inovadora aventura de fazer caminhadas no navio (que normalmente em Paris acontecem no Parque Luxembourg) durante os dias de calmaria, mas ao mesmo tempo muita busca pelos navios baleeiros.

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Por Barbara Veiga

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Celebrating Love & Peace !

Paris, Setembro 2011.

No dia 17 de setembro eu tive o grande privilégio de celebrar/fotografar a união de Ole e Anya, dois novos amigos e colegas de profissão aqui na França. De origem russa e norueguesa, eles são repórteres de emergência em causas humanitárias, percorrendo o mundo com a missão de compartilhar uma mensagem de paz e justiça.
Eles se conheceram em Georgia há alguns anos atrás e mesmo no meio do caótico conflito do país com a Rússia, eles descretaram ali essa bonita história de amor no engajamento jornalístico para documentar o estado do país.

O evento "Love celebration" foi criado pela amiga Alma Mecattaf. Uma grande mulher, com coração nobre e acolhedor. 
Esse foi o privilégio do meu final de semana! Estar em contato com pessoas que vieram aqui no planeta para fazer a diferença.

Entrar em ação vem com a determinação !
É ter consciência de fazer algo para si e o próximo!


Ole e Anya (Repórteres do "Human Right Watch") oficializando a união na França entre amigos.



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Barbara Veiga. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Último dia de exposição da National Geographic !

14/09/2011


Atenção, Atenção! 

Para os que não tiveram tempo durante os últimos três meses para dar uma conferida na exposição organizada pela National Geographic e o Museu de História Natural, hoje é a última chance!
Espero contar com a presença  de vocês aqui em Paris! 

Barbara Veiga.

Link: http://www.photoparnature.com/exposition

Du 24 juin au 14 septembre 2011, rendez-vous au Jardin des Plantes pour l’exposition « Photo par Nature »

No Brasil: Saiu no Globo.com

Link: http://oglobo.globo.com/blogs/imensidao/posts/2011/09/04/fotografa-da-natureza-ativista-revela-fotos-de-investigaca-disfacada-402522.asp


FÓTOGRAFA DA NATUREZA E ATIVISTA REVELA FOTOS DE INVESTIGAÇÃ DISFAÇADA

A Ativista, fotógrafa da natureza e guerreira do mar Bárbara Veiga mostra a primeira série de fotos sobre as Ilhas Feroe, na Dinamarca. Já escrevi sobre este verdadeiro assassinato em massa aqui no Imensidão...
Este ano, mais uma vez este crime ameaça a vida dos magníficos animais.
Desta vez, foi a Bárbara que se disfarçou para gerar as imagens, que reproduzo abaixo. E para os que como eu são apaixonados por fotografia, podem seguir a Bárbara por aqui:
Conversando com a Bárbara, ela me falou das principais dificuldades de estar como espiã, ver os navios da Sea Shepherd e não poder falar com os ativistas... Além de precisar fingir, fazer de conta, interagir com pessoas que não fazem parte do "mundo do bem", que matam indiscriminadamente...
São estas situações que a maioria das pessoas não imagina que um agente disfarçado passa. Tem que ter um coração forte e segurar o sangue frio, para não revelar o disfarce e colocar toda a operação em risco.
E tudo isto para poder passar informacoes privilegiadas para a equipe de frente dos navios...
Como se a sua carreira não bastasse (e basta por si só, por tudo que vc já fez), este trabalho por si só já justifica:
Bábara Veiga, MEUS PARABÉNS  pela dedicação e luta pelos oceanos e seus habitantes! Vc é um exemplo de coragem, de ativismo e humanidade para com nosso planeta!
Yo Ho Bárbara Veiga!!!!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Inspiração nas "Mulheres do Mar"

23-08-2011
Paris, França

Há alguns anos eu tenho observado as mulheres que trabalham comigo ou no mesmo ramo que o meu para poder entender melhor a mim mesma.
Digo isso porque nós temos muito em comum, e nada melhor do que buscar nessa identificação uma forma de compreender o porque que todas nós temos esse interesse em comum, o de buscar soluções práticas e eficazes por um planeta melhor.

E durante esse tempo de profunda reflexão sobre as mulheres que  de certa forma "pertencem" ao mar, no momento em que elas passam mais tempo nele do que em terra(o que é totalmente o meu caso!), acabei desenvolvendo um projeto fotográfico nos últimos dois anos que se chama "As mulheres do mar". É um projeto que tem estado em constante construção porque a cada navegação que eu faço, acabo conhecendo alguém super interessante e a vontade de continuar fotografando essas mulheres nunca termina. No final, eu acabo criando uma amizade que me permite também a entrar na intimidade dessas pessoas tão sensíveis, tão doces, mais ao mesmo tempo cheias de determinação e coragem.

Porém, hoje eu finalmente me dei conta de que esse projeto sobre as mulheres nunca terá fim, mas para que eu possa fazer algo criativo e também possa compartilhar isso com outras pessoas, eu comecei então a dividir em etapas, em momentos que eu vivo com essas mulheres, em certas missões de que eu faço parte no meio do meu ativismo e paixão pela natureza.

Então vamos lá! 
Coloco aqui meu primeiro exemplo de uma das mulheres que mudou a minha vida de certa forma (como muitas mudaram, cada uma de um jeito especial). Ela se chama Eva Hidalgo Pla, uma bióloga espanhola de vinte e poucos anos que conseguiu tocar meu coração e me fez lembrar do quanto é importante saber se impor na sociedade para fazer aquilo que se gosta, independente do seu sexo. Ela não tem um discursso feminista. Eva simplesmente acredita que enfrentar mares revoltos nos navios da Sea Shepherd com o objetivo de proteger os oceanos e fazer um ode a vida nos oceanos é o que faz sentido.
Nós navegamos juntas na última campanha baleeira da Sea Shepherd na Antártida entre dezembro de 2010 à março de 2011.

Obrigada por me inspirar todos os dias, bravas mulheres do mar
Parabéns pela sua determinação, Eva! 

Barbara Veiga.


À trabalho na proa do navio, em pleno oceano austral


Retornando ao porto de Wellington, na Nova Zelândia. O navio fica apenas por alguns dias para a compra de combustível, sendo assim retornando ao santuário baleeiro, com o objetivo de  impedir a caça feita pelas frotas japonesas. Eva nesse momento controla as cordas chegando no porto.


Eva testa o cano d'água que é utilisado como defesa durante as ações contra os baleeiros.


É a festa de aniversário de um tripulante. Discretamente, ela escreve uma mensagem no cartão preparado pelos amigos a bordo do navio "Steve Irwin".


São 07h30 da manhã, a hora de tomar o café da manhã e se preparar para mais um dia de trabalho e ação atravessando os gélidos mares do Pólo Sul.




Com seu namorado Brian, Eva faz a limpeza da cozinha do navio após o jantar.




E durante o dia, também trabalhando....




Mulher forte, mulher verdadeira com seus sentimentos e sua paixão pelos oceanos.


Photo Credit: Barbara Veiga.