sexta-feira, 7 de agosto de 2009

-Refugiada somaliana-



Eu caminhava pelas ruas de Al Habilane,no Iemen e vi essa pequenina pedindo ajuda.
Comecei a perguntar de onde ela veio,o que fazia ali sozinha, aonde estavam seus pais,etc...ela pouco falava.Seu ingles era limitado.
Ela caminhava ao lado de dois meninos da mesma faixa etaria,que vendiam uma especie de "escova de dentes", que na verdade eram pequenos galhos de uma arvore.
As condicoes sao desastrosas para os refugiados somalianos e as mulheres sao as que mais sofrem.
Em Aden, cheguei a ver quando estava ancorada desde meus binoculos,um bar/restaurante com mulheres que dancavam semi-nuas.No dia seguinte,perguntei ao Salem,simpatico taxista que ficava ao redor da marina de Aden nos ajudando com as compras e afazeres,de onde vinham essas mulheres.E ele me afirmou a nacionalidade delas: "- Todas refugiadas da Somalia".
Essas criancas nao tem escolha, mas em Iemen o perigo 'e aparentemente menor que na Somalia,apesar da pobreza e desigualdade.
As mulheres tem como opcao de trabalho: Enfermagem ou professora de religiao muculmana, alem de serem donas de casa e cuidarem dos filhos e maridos.
Qual sera o futuro dessa menina que fotografei?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Pescadores ou piratas?





O ano de 2009 foi delicado no que toca a seguranca da travessia pelo Golfo do Aden.
Fizemos a passagem desde o Oceano Indico, comecando pela Malasia.
Foram mais de 80 casos de roubos,alguns navios cargueiros foram metralhados ou retidos aguardando a recompensa astronomica sugerida pelos que aparentemente eram inocentes pescadores.
Entre as Maldivas e o Golfo do Aden j'a 'e considerada area de risco, porque em 2009 houve casos de ataques reais, como por exemplo os navios cargueiros: “ Product tanker” em 03/01/2009, o “Bulk Carrier” , em 04/03/2009 , “Tug” em 11/04/2009 ou “Crude tanker” em 18/05/2009 – dentre tantos outros.Essas informacoes sao encontradas no site do “ICC – Commercial Crime Services”, onde existe um sistema de “Live Piracy Map”. Todos os casos e denuncias de barcos foram divulgados mundialmente.Um dos “Bulk Carrier” chegou a ser metralhado pelos piratas.
Ficamos naturalmente estressados por saber do perigo da passagem sem ter como nos proteger de maneira real, mas acreditamos que ter uma arma a bordo so pode piorar a situacao num momento de conflito.
A verdade 'e que nao temos para onde correr.A violencia, infelizmente esta tambem no mar.
Estou feliz por ter feito a passagem em seguranca e ter experimentado navegar por lugares tao exoticos em sua beleza,mas carentes em muitos aspectos.